quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Meu avô João

113 anos atrás nascia João Cândido Villas Boas, o melhor avô do mundo. Meu avô foi o homem mais sábio que eu já conheci na minha vida. Sua passagem pela escola formal foi curta, mas ele era um homem muito inteligente e com quem era muito prazeiroso ter uma conversa. Apesar de ele ter perdido seus pais muito cedo (por volta dos 7 anos de idade), sua índole aliada à escola da vida fizeram com que se tornasse um homem super honesto, trabalhador e cheio de amor pela sua família. Era um homem que tinha muitas histórias para contar e sempre tinha um ditado para todas as ocasiões. Tantos eram seus ditados que eu sempre vivo citando-os. Como quero deixar esses ditados para a posteridade, em breve vou criar um link e nomeá-lo "Os ditados do meu avô João".
João Cândido teve 6 filhos (5 meninas e 1 menino) e minha mãe (a Marina) era sua filha caçula. Como ele ficou viúvo muito jovem (aos 56 anos) e não se casou novamente, quando minha mãe se casou (ela foi a última dos 6 filhos a se casar) ela e meu pai (o Antonio) ficaram morando com ele. E quem se deu bem nessa história toda fui eu que tinha meu avô o tempo todo para mim. Eu sou a terceira de 5 netos, mas a primeira menina. Conta a lenda que assim que eu pude sair de casa para passear, meu avô João pilotava todo orgulhoso o possante carrinho de bebê pelas ruas do bairro me exibindo para todos os conhecidos e desconhecidos também. Já maiorzinha (uns 4 ou 5 anos) lembro-me de nossos passeios a pé pelos bairros de São Caetano. Sua única irmã, a tia Eufrosina (isso mesmo, como aquela deusa da mitologia Greco-Romana, cujo nome quer dizer "a alegria da alma", e que era uma das três Graças, filhas de Júpiter e de Eurídice), morava em um bairro diferente do nosso e todas as semanas eu e ele íamos visitá-la a pé. E todas as semanas éramos recebidos com pompa e circustância (chás, bolos e todos os tipos de biscoitos imagináveis) como se fizesse muito tempo que ela não nos via. Eles conversavam por uma eternidade (naquela época acho que duas ou três horas era uma eternidade) e depois voltávamos para casa sempre de mãos dadas e com ele me contando histórias. Bem, poderia passar muito mais horas "falando" do meu avô João, mas vou deixar muitas de suas histórias e de nossas aventuras para outras postagens. Hoje só quero deixar registrado que ele sempre esteve do meu lado para o que desse e viesse. Um GRANDE homem, foi o João Cândido, um GRANDE homem!!!
PS: Meu avô João era bem moreno de pele e tinha um par de olhos azuis de dar inveja. Deve ter feito muito sucesso quando moço. Fico devendo uma foto que vou tentar postar em breve.

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